MINISTERIO ANGOLANO DOS TRANSPORTES E CONSORCIO TRAFIGURA, VECTURIS, E MOTA-ENGIL ASSINAM CONTRATO DE CONCESSAO PARA A GESTAO DO CORREDOR DO LOBITO

Luanda, 4 de Novembro de 2022 - O Executivo angolano, através do Ministério dos Transportes, e o consórcio constituído pelo Trafigura Group Pte Ltd, Vecturis, SA, e Mota-Engil, Engenharia e Construção África, SA, assinaram hoje, em Luanda, o contrato de concessão do Corredor do Lobito. Durante os próximos 30 anos, este consórcio irá assumir a operação, exploração e manutenção do transporte ferroviário de mercadorias e de todas as infra-estruturas existentes ao longo do Corredor. O valor da adjudicação do contrato para esta concessão é de 100 milhões de dólares, o que está de acordo com as outras concessões no sector dos transportes angolanos. Com as rendas negociadas, o Estado angolano cobrará de dez em dez anos os seguintes montantes: $319.436.703.19 (trezentos e dezanove milhões, quatrocentos, trinta e seis mil, setecentos e três dólares e dezanove cêntimos) nos primeiros dez anos; $787.455.410,86 (setecentos e oitenta e sete milhões, quatrocentos e cinquenta e cinco mil, quatrocentos e dez dólares e oitenta e seis cêntimos) entre o décimo primeiro e o vigésimo; e $919.053.959.17 (novecentos e dezanove milhões, cinquenta e três mil, novecentos e cinquenta e nove dólares e dezassete cêntimos) nos últimos dez anos. Para o Ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D\' Abreu, a assinatura deste contrato de concessão representa "um marco relevante no desenvolvimento e optimização do sector dos transportes em Angola e, ao mesmo tempo, uma mola motriz da economia nacional e da sua diversificação, tanto em termos de criação de novos negócios como de criação de novos empregos".A exploração do Corredor do Lobito permitirá ao transporte ferroviário "trazer benefícios financeiros positivos e contribuir para o desenvolvimento local e regional em torno da linha ferroviária". Pode representar uma contribuição para o produto interno bruto estimado entre 1,6 mil milhões e 3,4 mil milhões de dólares", disse Ricardo Viegas D\'Abreu. O Ministro sublinha ainda que "a comprovada capacidade técnica e robustez financeira das empresas que fazem parte do consórcio são uma garantia para a correcta operacionalização do transporte de mercadorias no Corredor do Lobito"."Ao nível da carga a transportar, as previsões apontam para os seguintes ganhos:

• 1.677,70 toneladas no quinto ano da concessão
• 2.982,31 toneladas no décimo ano
• 4.979.23 toneladas no vigésimo ano
• 4.979,23 toneladas no trigésimo e último ano

No âmbito da concessão agora atribuída, o consórcio investirá $256.039.095.00 (duzentos e cinquenta e seis milhões, trinta e nove mil noventa e cinco dólares) em infra-estruturas, $73.396.479,00 (setenta e três milhões, trezentos e noventa e seis mil quatrocentos e setecentos e nove dólares) em equipamento e material circulante, e um valor adicional de $4.345.235,00 (quatro milhões, trezentos e quarenta e cinco mil, duzentos e trinta e cinco dólares) em várias actividades.Esta concessão dura 30 anos e pode ser prolongada até 50 anos se o consórcio optar pela construção da extensão ferroviária de Luacano (Moxico) - Jimbe (Zâmbia). A adjudicação do Corredor do Lobito encerra outros benefícios relevantes para Angola, nomeadamente o impacto directo no desenvolvimento de indústrias fortemente dependentes da cadeia logística, como a agricultura e as minas, e a consequente criação de empregos em cada uma delas. Facilitará também o surgimento de oportunidades para o desenvolvimento de pequenas empresas adjacentes ao transporte ferroviário e uma alternativa ferroviária competitiva ao transporte rodoviário, capaz de contribuir para a redução das tarifas de frete.Com mais de 70 anos em Angola, a Mota Engil é um dos principais fornecedores mundiais de serviços de construção de infra-estruturas. Junta-se ao consórcio vencedor com a multinacional líder mundial na distribuição de metais e minerais, Trafigura, e Vecturis, um operador ferroviário da Bélgica com uma vigorosa actividade de transporte ferroviário (passageiros, minérios, e carga comercial) em países africanos como a República Democrática do Congo, Tanzânia, Camarões, Madagáscar, Costa do Marfim, Burkina Faso e Argélia, e também no Brasil, Rússia, e Paquistão. GABINETE DO MINISTRO DOS TRANSPORTES, 3 DE NOVEMBRO DE 2022.