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Gastos mundiais com serviços em nuvem pública custarão quase US$ 600 bi em 2023
Estimativas da Gartner, consultoria focada em tecnologia, dão conta de que usuários finais de serviços em nuvem pública devem atingir US$ 591,8 bilhões em gastos em 2023. O montante representa um crescimento de 20,7% acima dos US$ 490,3 bilhões estimados para este ano.
A expectativa é que haja crescimento em todos os segmentos de computação em nuvem, mas a consultoria estima que a infraestrutura como serviço (IaaS) terá o maior crescimento de gastos do usuário final no próximo ano, passando de US$ 115,740 bilhões em 2022 para US$ 150,254 bilhões.
Segundo a consultoria, o aumento dos gastos com nuvem pública se deve às atuais pressões inflacionárias e às condições macroeconômicas. Outro fator considerado no cálculo das estimativas é o fato de a computação em nuvem ser considerada uma tecnologia segura a inovadora, capaz de suportar às oscilações da economia mundial.
Com experiência de 14 anos de atuação na área de Tecnologia da Informação (TI), Rafael Arthur Muller atesta as vantagens do uso de nuvem pública, que justificam os gastos e investimentos feitos nessa tecnologia. Apesar das cifras gigantes, ele comenta que uma das principais vantagens é justamente o seu custo-benefício.
“É possível utilizar serviços de alto nível, com grande escalabilidade, por um custo bastante reduzido. Considerando que a maioria das empresas possui recursos de TI que são utilizados sob demanda, a nuvem pública é uma maneira bastante inteligente de dimensionar estes recursos sem o compromisso em expandir a infraestrutura física de TI”, atesta.
Outra vantagem da utilização de nuvem é a economia de investimento em infraestrutura, pois todos os custos de aquisição, implantação e manutenção são repassados ao provedor da nuvem. Muller ressalta que da mesma forma que o uso é feito somente quando se necessita deles, o uso de máquinas e aplicativos baseados em nuvem pública normalmente é mais barato que a aquisição de equipamentos físicos ou pacotes de softwares.
“Por exemplo: em vez de adquirir uma máquina de desktop físico, há a possibilidade de se utilizar uma licença virtual de desktop. Este pode ser ativado ou desativado rapidamente e sua localização pouco importa. Os preços nestes casos tendem a ser mais baixos por serem cobrados pelo tempo de uso”, ressalta o profissional.
Além da redução de custos, versatilidade de uso, facilidade de migração dos dados, confiabilidade e escalabilidade são outras vantagens do uso de nuvem pública, na opinião do profissional de TI.
Como ponto de atenção, ele cita o fato de que que os fornecedores normalmente compartilham da responsabilidade de segurança com os seus clientes e, portanto, existe a necessidade do comprometimento dos dois lados quanto a segurança do ambiente. Ele também lembra que o custo total tem uma propensão a crescer conforme a infraestrutura da empresa se expande.
Apesar desses dois pontos, o uso de nuvem pública, atualmente, não é apenas uma opção, mas é quase uma obrigatoriedade para negócios que querem manter-se competitivos. “Uma vez que todos os riscos são analisados e mitigados ao máximo, ela torna-se uma opção eficiente, segura, barata e de baixo esforço de implantação e manutenção para os mais variados serviços de TI das empresas”, assegura Muller.
Mas, afinal, o que é computação em nuvem e o que é nuvem pública?
Para os menos familiarizados sobre o conceito de nuvem, o profissional de TI Rafael Arthur Muller explica que a tecnologia abrange vários recursos de computação, como servidores, armazenamento, bancos de dados, rede, software, análises e inteligência, gerenciados de forma totalmente on-line por meio da Internet. “É como se um datacenter completo e configurado estivesse pronto para ser alugado para utilização. Um modelo de nuvem traz rápida inovação, flexibilidade de recursos, baixo custo e escalabilidade”, diz.
E o que é a nuvem pública? É um ambiente que pode ser usado por vários usuários e ou empresas, cada um com suas informações protegidas. Muller explica que grandes fornecedores de TI detêm e fazem o gerenciamento dos serviços, tais como Microsoft Azure, Amazon (AWS) e Google Cloud, cada um oferecendo diferentes recursos para diferentes problemas e complexidades.
“Podemos traduzir por nuvem pública uma visão genérica deste conceito de plataforma de nuvem. Em uma nuvem pública, as organizações dividem o datacenter e todo o seu poder computacional e seus serviços com outras empresas, embora todos os dados e aplicações executados permaneçam inacessíveis dos outros clientes da nuvem”, diz.
Já no caso de nuvens privadas, as instalações podem estar fisicamente dentro do datacenter da empresa ou em fornecedores fora do local físico, porém os recursos do sistema são isolados em uma rede privada segura para que ninguém de fora possa acessá-los.