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Epidemia de Doenças Não Transmissíveis podem custar a vida
As Doenças Não Transmissíveis (DNTs) impactam a qualidade de vida de milhões de pessoas, geram altos custos para os sistemas de saúde e têm sido apontadas pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) como a grande epidemia contemporânea. Apesar de políticas públicas e campanhas de comunicação terem sido amplamente discutidas e elaboradas para tentar conter o impacto dessas doenças, a epidemia continua crescendo. As doenças cardiovasculares são responsáveis pela maior parte da mortalidade por DNT, ou seja, 17,9 milhões de pessoas por ano, seguidas por câncer (9,3 milhões), doenças respiratórias crônicas (4,1 milhões) e diabetes (2,0 milhões, incluindo mortes por doença renal causada por diabetes). Esses quatro grupos de patologias são responsáveis por mais de 80% de todas as mortes prematuras por DNTs.
Diante dessa situação, a consultoria global de comunicação LLYC elaborou o relatório “Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) é um dos principais desafios para a região das Américas, onde a maioria dos países ainda não têm orçamento alocado para essa estratégia e não atendem à recomendação da OPAS de ter investimento público em saúde equivalente a 6% do PIB até 2027.
A visão dos especialistas: Rumo a um sistema de saúde preventivo
Cerca de 90% dos 38 especialistas que participaram do relatório concordam com a necessidade de unir forças, articular a sociedade civil e o setor privado para obter melhores resultados no combate a essas doenças e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Para tanto, destacam a necessidade urgente de mudar o foco de um modelo curativo para um modelo preventivo, pois estamos lidando com políticas que focam no tratamento de doenças e não na prevenção, e 9 em cada 10 entrevistados concordam que os pacientes não têm uma cultura de adesão ao tratamento.
Quando questionados sobre os principais desafios para enfrentar as DCNTs e, principalmente suas recomendações para reduzir a carga dessas doenças, 97% dos pesquisados ??responderam como sua primeira recomendação ou demanda aos governos a necessidade de focar na prevenção para melhorar a taxa de doença; 90% mencionaram a importância de criar programas de educação do paciente sobre estilos de vida saudáveis ??e acesso a medicamentos; 80% indicaram a necessidade de fortalecer a atenção primária e 5% mencionam a importância de combater a poluição do ar e da água e estar atento aos precursores cancerígenos nos alimentos.
Comunicação mais eficaz e bidirecional
O relatório identifica a necessidade de campanhas que considerem a bidirecionalidade e a criatividade para gerar uma conexão que influencie a mudança de hábitos e alcance uma sociedade mais saudável com o uso e análise de dados, novas tecnologias e novos canais de comunicação.
E conclui que o sucesso se refletirá na mudança de hábitos e no aumento dos 10 indicadores para monitorar o progresso em relação às DCNT, estabelecidos por organismos multilaterais globais e regionais (Aliança de DCNT, OMS, OPAS).