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Empresa compensa a totalidade dos resíduos gerados por suas bebidas

Nov 3, 2022 7:09 PM ET

A logística reversa entrou em cena no Brasil em 2010, com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Fazem parte dos princípios e instrumentos definidos na lei a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. De acordo com a PNRS, a responsabilidade pelas embalagens é de comerciantes, fabricantes, importadores, distribuidores, cidadãos e titulares de serviços de limpeza e manejo dos resíduos sólidos urbanos.

O sistema de logística reversa possui ferramentas e mecanismos de compra dos produtos e embalagens usadas, injetando valor aos resíduos e, assim, mobiliza a sociedade a promover o retorno desse material. Postos de entrega e parcerias com cooperativas para o recolhimento do resíduo também são realizadas e oferecem retorno financeiro e ambiental eficaz. 

A implantação da logística reversa se alia à economia circular. Ao retornar o resíduo para o ciclo produtivo, o mesmo se torna matéria-prima para novos produtos. Junto com a conscientização da população, por meio da educação ambiental, o processo ajuda a minimizar os impactos ambientais causados pelo gerenciamento errôneo dos descartes residuais, dando um grande passo rumo à sustentabilidade.

Centenas de negócios dos mais variados setores, ao longo dos últimos anos, enxergaram que a sustentabilidade não é apenas uma moda dentro do mercado. Hoje, esse conjunto dita as normas do consumo global, pois em todos os cantos as pessoas estão mais conscientes e praticam algum tipo de ação voltada para atender a urgência ambiental que está posta em todo mundo. 

Pela lei os fabricantes, distribuidoras, importadoras ou comerciantes de produtos com embalagens, que são os maiores geradores de resíduos, têm como meta garantir que, no mínimo, 22% desse material pós-consumo colocados no mercado tenham a destinação ambiental adequada por meio da logística reversa ou da compensação ambiental, que é feita por meio dos certificados de créditos de reciclagem. 

No Brasil, a Positive Co que agrega marcas como A Tal da Castanha tem, desde sua concepção, práticas de ESG consolidadas, com preocupação no impacto gerado na sociedade e no meio ambiente. Esse processo nasce na cadeia de fornecimento dos ingredientes usados nos produtos até a logística reversa das embalagens e dos materiais. A empresa compensa a totalidade dos resíduos gerados por suas embalagens por meio de uma parceria com o Eureciclo, empresa de embalagens pós-consumo. 

Para exemplificar a importância desse processo para a empresa cearense, foram recolhidas 197,8 toneladas de papelão e 23 de material plástico, gerando 220,8 toneladas de material compensado. Isso significa que a parceria retirou e devolveu de forma sustentável como matéria-prima mais de 220 caixas d’água de 1.000 litros cheias de material ou 883,2 m³ de resíduos. Outro dado comparativo da importância dessa ação pode ser medido no número de árvores salvas na natureza. Para cada tonelada de papel produzida, é necessário a derrubada de 11 árvores. Com a logística reversa empreendida pela Positive Co foram salvas 2.175 árvores em toda extensão do território brasileiro.

Além da compensação, a empresa investiu na certificação de agricultores familiares das regiões Norte e Nordeste do Brasil e hoje produz bebidas vegetais que são reconhecidas internacionalmente. Os produtos são aqueles cultivados sem o uso de agrotóxicos ou modificações genéticas respeitando suas particularidades, como safra, solo e clima propício para crescimento. 

O uso de tais defensivos pode diminuir o valor nutricional dos alimentos, sendo assim, os produtos orgânicos possuem relativamente mais nutrientes como vitaminas, minerais e principalmente compostos bioativos também conhecidos como fitoquímicos, que exercem importante ação antioxidante e protetora em nosso organismo. O cultivo e distribuição da castanha de caju no nordeste brasileiro é feito através de cooperativas incentivando e empoderando a mão de obra local.

“Somos uma empresa familiar com fortes valores, além de ter comprometimento com a sociedade e os novos consumidores. Apesar do pouco tempo de mercado, conseguimos estabelecer uma cultura transversal de comprometimento com os grandes desafios globais, respondendo com uma visão de longo prazo, responsabilidade e respeito ao meio ambiente”, explica Rodrigo Carvalho, um dos diretores da Positive Co. 

Toda essa estratégia de negócio responsável foi reconhecida e prestigiada pelo Selo B, movimento global que redefine o conceito de sucesso nos negócios ao identificar empresas que utilizam seu poder de mercado para solucionar algum tema social e ambiental. Para conquistar essa certificação, A Tal da Castanha, por exemplo, passou por uma avaliação rigorosa, que considerou os impactos positivos da empresa em diferentes áreas: colaboradores, governança, meio ambiente, comunidade, clientes e modelo de negócios.






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