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Como as decisões orientadas por dados podem beneficiar o marketing?
Empresas que investem em Data Driven estão crescendo mais de 30% anualmente, estimou uma pesquisa da Forrester em 2018. Com a pandemia, este fato se tornou mais evidente e irreversível: os negócios buscaram a digitalização para a sobrevivência no mercado. A mesma consultoria levantou, em 2021, que 73% das empresas do país já afirmam ter negócios orientados por dados.
Data Driven é uma estratégia empresarial em que as decisões de negócio são guiadas a partir da coleta, armazenamento e análise minuciosa de dados, isto é, pelo Big Data. Para além do operacional, todo o planejamento e gerenciamento é definido pela interpretação das informações captadas.
“É uma metodologia que permite o cruzamento de informações de diversas fontes (dados internos, fornecedores, concorrentes, entre outros). Os dados podem ser coletados, tratados e analisados e gerar informações que serão primordiais para o negócio”, afirma Renata Elmor, fundadora da empresa Bsales.
Especialista em marketing digital, Elmor aponta que, a partir da inteligência dos dados, transformações internas já ocorrem nas organizações, sendo o setor do marketing um dos beneficiados. “Toda a infraestrutura interna do marketing passa a se modificar para este fim, utilizando formatos de campanhas, modelos internos, padrões de operações e cultura organizacional”, ilustra.
Os dados de segmentação do consumidor, por exemplo, podem estabelecer o público-alvo em uma determinada área, enquanto a análise de dados da concorrência pode apresentar oportunidades de negócios inexploradas, até mesmo para a criação de novos produtos e/ou serviços ou simplesmente a orientação necessária para a formulação de estratégias de superação.
Entre as ferramentas de marketing que podem ser aplicadas no método, destacam-se o Google Analytics, Data Management Platform, ferramentas de automação para marketing e CRM.
Colocar as informações no cerne dos processos de marketing é também uma forma de abrir vantagem e estar à frente da concorrência. “Minimizando as chances de erro, analisando os cenários atuais e as possíveis tendências com alto grau de eficiência e explorando o maior potencial que o marketing pode oferecer”, exemplifica Elmor.
Como o universo de dados digitais é infindável, não basta coletá-los, é também preciso combiná-los e interpretá-los para extrair insights. No entanto, a pesquisa da Forrester de 2021 que sinalizou uma expressiva adesão ao Data Driven também captou que somente 28% das empresas consideram o tratamento de dados uma prioridade.
Para a especialista, a tendência é que os processos se acelerem e as empresas que não se ajustarem fiquem para trás. “Os gestores de áreas estratégicas, como marketing e inovação, verão seus resultados comprometidos drasticamente caso não estejam atentos para isso, perdendo espaço para concorrentes”, conclui.